sexta-feira, 28 de novembro de 2008

"Escadas e Calçada" "Largo das Moreiras"


Sérgio Nascimento Alves Martins

Sérgio Nascimento Alves Martins, nasceu a 14 de Novembro de 1963 nasceu em Vilarinho de Galegos – Mogadouro. É licenciado em Direito e está a concluir a Pós-Graduação em Estudos Europeus na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra.
É Presidente da Junta de Freguesia de Cedofeita e membro da Assembleia Municipal do Porto desde Janeiro de 2002. É membro do Conselho Municipal de Segurança do Porto e Presidente da Assembleia-Geral dos Bombeiros Voluntários do Porto. É representante da Assembleia Municipal junto do Conselho Geral do Hospital de Santo António e Presidente da Assembleia-Geral da Associação Portuguesa de Doentes com Fibromealgia.





http://videos.sapo.pt/6b2KIk43ky8RhHCz4QLc

Alberto Paco " Quem o conheceu?"

Alberto Paco é Contabilista, Empresário e Escritor. Nasceu em Vilarinho dos Galegos – Mogadouro – Portugal, no dia 26 de Janeiro de 1936. Com vinte e dois anos chegou no Brasil para ficar residindo em carácter permanente. Fixou residência em São Paulo, capital aonde permaneceu até o ano de 1995 quando se transferiu para a cidade de Maringá - PR. Em Nov./2001 lançou seu primeiro romance intitulado "O HOMEM DO RIO" que foi escrito entre 1958 e 1959, logo após sua chegada ao Brasil. Por conta do lançamento desse livro, foi convidado a ingressar na Academia de Letras de Maringá que então estava com cinco anos de existência. Em 07/Set/2002, assumiu a cadeira de número 23. Desde a posse escreveu mais oito livros sendo um de contos, um de poesias e seis romances. Além de membro da ALM onde ocupa o cargo de Tesoureiro é membro da UBT-Maringá, e do Elos Clube Maringá.
No livro de contos "Focos de Fogo", Alberto Paco conseguiu reunir diversas histórias de lugares, famílias e épocas diferentes, mas que por algum motivo envolvem esse elemento tão indispensável na vida dos seres humanos e com tantos significados e utilidades: o fogo.
Os leitores de "Focos de fogo" irão vivenciar momentos de alegria, medo, coragem, aflição, amor e muitos outros sentimentos que constam em cada um de seus contos.

Outras obras do autor:
O Homem do rio (romance)
No coração do vulcão (romance e aventura)
Caminhos (poesias)
Presídio feminino (romance policial)
Conjugando o verbo trair (romance)
As amantes de Carolino (romance)
Mãe Solteira (romance)

Artur Augusto das Neves

Artur Augusto das Neves, nasceu em 06 02 1900, em Valpaços e faleceu em Matosinhos, em 06 12 1964. Mais conhecido por Artur Mirandela, dele escreveu o jornal "A Sineta", de Julho/99: Sua mãe era originária da região espanhola de Aliste e o pai de Vilarinho dos Galegos. concelho de Mogadouro, de quem herdou os ideais da doutrina republicana que professou ao longo de toda a sua vida. Casou com D. Amónia Maria da Natividade Leal, natural de Sacolas, aparentada por sangue materno ao sábio Abade de Baçal.
Durante 26 anos foi Tesoureiro da Agência do Banco de Portugal, em Bragança, e fundou a Associação dos Socorros Mútuos dos Artistas da referida cidade. A Câmara Municipal de Bragança, deliberou, em reunião de 12 121984, atribuir o nome de Artur Mirandela a um bairro da cidade e foi homenageado, nos fins de 1988, pelo Presidente da República. Em 1963 escreveu um livro: "Trásos Montes, Pessoas e Bichos", o que levou o jornal "A República", de 25 10 1963, a afirmar: "quem dera a muitos contistas que por aí andam ao lado de alguns livros publicados e todos eles vestidos por gente de certa importância, terem a facilidade que demonstra possuir o autor deste volume".
Ao tempo da guerra civil de Espanha, acolheu centenas de refugiados espanhóis e durante a II Guerra Mundial foi dos elementos mais activos do Norte de Portugal, em prol dos aliados, colaborando intensamente com a resistência francesa, quer na canalização de informações, quer no acolhimento e protecção de pessoas, nomeadamente belgas, franceses, holandeses, polacos, judeus e não judeus, e citando seu filho Manuel Miranda, in "Actas del II Congresso Internacional da Associación Caminos de Cervantes Y Sefarad, 1994" DON ARTUR MIRANDELA, HOMBRE DE LIBERTAD : "(...) Correu perigos, aventurou a sua própria Família nessa colaboração e dispendeu dinheiro tão generosamente, que a fortuna que possuía em propriedades rústicas, se foi sumindo pela venda das mesmas, para satisfazer tais encargos.
A luta pela liberdade exigia tudo e Quixotescamente até os próprios filhos ofereceu ao General de Gaulle, para combatentes, se necessário. Recebeu os agradecimentos do Rei de Inglaterra e do seu Governo, através do seu Embaixador em Lisboa. Mister N. Rondl, por carta dirigida em 25 de Março de 1949 (...).
Outros eminentes estadistas, como o General de Gaulle, demonstraram o seu apreço a este corajoso opositor ao nazismo. O seu exemplo de paladino da Liberdade e da Justiça, de apóstolo das grandes causas e dos valores supremos da Humanidade, merece ser de todos conhecido; daí este singelo repique de "A Sineta", em jeito de exaltação do seu honrado nome e de hino à sua memória".
Raúl Morais

domingo, 23 de novembro de 2008

Aristides de Sousa Mendes


Os homens são do tamanho dos valores que defendem. Aristides de Sousa Mendes foi, talvez por isso, um dos poucos heróis nacionais do século XX e o maior símbolo português saído da II Guerra Mundial. Em 1940, quando era cônsul em Bordéus, protagonizou a "desobediência justa". Não acatou a proibição de Salazar de se passarem vistos a refugiados: transgrediu e passou 30 mil, sobretudo a judeus. Foi demitido compulsivamente. A sua vida estilhaçou-se por completo. "É o herói vulgar. Não estava preso a causas. Estava preso a uma questão fundamental: a sua consciência".

Oração judaica de Vilarinho dos Galegos

Vilarinho Dos Galegos é uma aldeia ribeirinha, conhecida por ter sido poiso de forte comunidade judaica. Ainda nela se conservam bem vivas as marcas dessa religião, que foram mantendo de forma mais ou menos secreta, ao longo dos séculos. Aqui fica uma das orações recolhidas por Casimiro Moraes Machado, ínsita na obra "Subsídios para a História de Mogadouro: Os Marranos de Vilarinho Dos Galegos":

Bendito seja o Senhor, para sempre engrandecido;
de uma pedra lançou água para aquele povo tão aflito.
Moisés, profeta santo do Senhor amado, querido,
imperador da nação, destruidor do Egipto,
pede por misericórdia àquele Deus infinito
que nos dê o seu bem, nos leve ao seu reino,
nos livre do cativeiro.
Conhecei, irmanos da irmandade,
o Senhor criou os quatro elementos:
pó, vento, água, sombra de paredes.
Assim como nos livrou
de tão grandes perigos,
nos livre dos inimigos.
O Senhor nos defenda
de trabalhos e perigos.
Quando formos acometidos,
nós sejamos vencedores
e os inimigos vencidos.
Permita Deus assim seja
e os anjos digam amén.
Amén, Senhor. Ao céu vá.

Publicada por Antero Neto em 12-11-2008,
http://mogadourense.blogspot.com/

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

AMO E AMAREI


VILARINHO FOI A ONDE EU NASCI!
VILARINHO FOI ONDE EU APRENDI ANDAR!
VILARINHO FOI ONDE EU AMEI PELA 1ª VEZ!
VILARINHO TERRA DE GENTE NOBRE!
VILARINHO TERRA DE TRABALHADORES!
VILARINHO TERRA DOS MEUS SONHOS!
AMEI, AMO E AMAREI ESTA TERRA!
COMO NUNCA AMAREI ALGUMA!
VILARINHO DOS GALEGOS É, E SERÁ A TERRA DE TODOS NÓS!
DOS NOSSOS ANTEPASSADOS, DO NOSSO PRESENTE E DO NOSSO FUTURO!

domingo, 2 de novembro de 2008

Sede da Junta de freguesia "Antigo Quartel da Guarda Fiscal"


Antigo quartel da extinta guarda fiscal.
Imagem actual, Novembro 2008, estado de degradação da sede da junta de freguesia.
Por aqui se pode analisar o que a junta tem feito em prol da freguesia. (nada!)

Casa do povo "ACRVG"




"Tanque bebedouro ou rotunda"



O tanque centrado no largo principal da aldeia, marco com identidade própria (sem nome), esta muito maltratado, “substitui rotunda” a necessitar de obras de requalificação.



Almocreve


Os almocreves eram pessoas que conduziam animais de carga e/ou mercadorias de uma terra para outra, Numa época de comunicações limitadas, os almocreves eram essenciais como agentes de comunicação inter-comunitária (além de serem indispensáveis ao abastecimento de bens às aldeias, vilas e cidades). De entre as rotas de abastecimento mais importantes, destaque para os almocreves de Vilarinho dos Galegos que faziam a ligação entre as estações do comboio na linha do sabor, a transportar peixe e sal, produtos do litoral para o interior e, no sentido inverso, amêndoa e cereais etc. Na maior parte das vezes os bens que transportavam não eram propriedade sua, embora fosse comum um almocreve ser também mercador. Lampião, o temível cangaceiro.

"Coincidências" Via Verde

1- Um emigrante natural de Vilarinho dos Galegos, Concelho de Mogadouro, ficou «confuso, preocupado e revoltado» quando encontrou na sua caixa de correio uma missiva que dava conta de que devia à empresa titular do serviço Via Verde um montante de 69.75 euros referente a quatro passagens «sem pagamento» na faixa destinada aos utilizadores do serviço Via Verde.

A viatura mencionada na notificação tinha a matricula 87-93-QV, a correspondente à de um Opel Campo, que o emigrante utiliza no seu dia-a-dia em França. As alegadas infracções foram efectuadas ente os dias 16 de Janeiro e o dia 2 de Fevereiro de 2008, num altura em que José Lopes, o titular da matrícula, se encontrava em França, onde reside. A viatura também estava em França.

Os registos foram efectuados nas portagens da A-1, junto a Coimbra e Leiria, e ainda na A-14, na portagem de Santa Eulália. \"Quando cheguei a Portugal, vi a carta com quatro infracções referentes à passagem de uma viatura com a matrícula igual à da minha carrinha e fiquei sem sabem o que fazer. Eu nunca por ali circulei. Provo com todos os elementos possíveis que à data dos factos estava em França. A mim só me ocorre que há alguém que utiliza uma matrícula falsa igual\", alega José Lopes.

No entanto, a preocupação do imigrante vai mais longe \"Se alguém tem um acidente e faz vítimas com a viatura que usa a matrícula igual à minha, quem acata com as responsabilidades?

"José Lopes já garantiu que fez todas a diligências junto das autoridades e da titular do serviço Via Verde, tendo sido informado que tudo se ficou a dever a um erro de leitura. No entanto, o imigrante não ficou convencido, já que as passagens são em locais diferentes e em dias e horas também diferentes.

Francisco Pinto in JN, 2008-04-22



2- Proprietário de tractor multado pela Brisa por passar na Via Verde sem identificador
Francisco Lopes, o proprietário do veiculo agricola garante que nunca saiu com o seu tractor do Concelho de Mogadouro, quanto mais andar na A5 - auto-estrada Lisboa-Cascais

Francisco Lopes recebeu duas notificações da Brisa por uma transgressão que não poderia ter feito e tem tentado provar que nunca andou com máquina agrícola na auto-estrada e a viagem mais longa que fez foi ao Porto.

Residente em Vilarinho dos Galegos ( Mogadouro) Francisco Lopes ficou incrédulo quando recebeu em casa uma notificação da Brisa - Auto-Estradas de Portugal para pagar uma coima que ronda os 50 euros. Razão um carro passou em transgressão, duas vezes, na Via Verde, em Lisboa, com a matrícula igual à do seu... tractor.

De acordo com o documento, estão contempladas duas passagens pela Via Verde sem o equipamento electrónico na A5 (auto-estrada de Cascais), nas portagens de Oeiras e de Carcavelos.

O registo das transgressões aconteceram em Maio e Julho de 2004. O agricultor afirma que jamais viajou de tractor, "muito menos numa auto-estrada, que é proibido, e ainda por cima tão longe de casa".

Francisco Lopes diz que a situação tem-lhe causado transtornos, já que tem gasto dinheiro para justificar que a matrícula registada pela Brisa só poderá ser falsa, uma vez que corresponde a um tractor agrícola que lhe pertence e que jamais poderia ter saído de Mogadouro.

Depois de ter argumentado contra as notificações, o agricultor afirma que só espera que a multa seja retirada e que "tudo não passe de um equívoco da Brisa, para não haver mais prejuízos e incómodos". Aliás, replica Francisco Lopes, a viagem mais longa que fez, e não foi a bordo de um tractor, foi à cidade do Porto.

Na aldeia nordestina, como seria de esperar, a situação é tema de conversa em todos os bares e cafés e, claro, alvo já de grandes "estórias" especulativas.

Francisco Pinto 25-11-2004

sábado, 25 de outubro de 2008

Futuro lar idosos






Finalmente um projecto particular, que vai contribuir para o futuro da aldeia!

CADOUÇO













Fotos Carlos Mendes

"Ruínas de moinhos de Água"


Moinho: Maganete, poço do moinho onde aprendi a nadar!

Moinho: Artur Russo, O ultimo a parar.


Moinho: Zézere


Os moinhos de água são engenhos accionados pela força motriz da água. Têm presença em Portugal ao longo de vários séculos. São conhecidos moinhos com rodízio a partir do século 2 a.C., invenção da engenharia Grega. Assim sendo, são construções com mais de 2200 anos.

Quase sempre, são construídos com materiais existentes no local; a pedra para as paredes e a madeira para vigas e barrotes de apoio na cobertura.

Estão localizados nas margens dos rios ou ribeiras com caudal suficiente para os mover.

A água é conduzida para o moinho através destes canais.


O declínio

Os moinhos de água encontram-se presentes por todo o território nacional com maior incidência no norte e centro do País, pois estas são as regiões onde os rios e ribeiras reúnem melhores condições (maior declive e mais caudal de água). Em meados do século passado (1950/1960) com a implantação das moagens industriais, accionadas a electricidade ou a motores de combustão, foi alterada por completo a actividade dos moinhos de água. Os moinhos iniciaram uma paragem forçada, os açudes deixaram de fazer represa, as levadas e agueiras entopem, os rodízios a seco empenam e deformam-se.

Actualmente não há continuidade na profissão de moleiro. Poucos sabem picar as mós, meter água, acertar cunhas e saber da finura da farinha, e aqules que sabem não se dedicam, nem por caroliçe.

Recordações

Recordo-me do rúido que não me deixava dormir! Hoje há poucos moinhos a moer, se o fazem, certamente foram recuperados para a história “os moinhos de água em Portugal”. Os nossos conteraneos exerceram a profissão e mestria de moleiros por muitos anos. Os moleiros antigos morreram os filhos deixaram-os ao abandono, restando apenas as paredes e pouco mais.


Vocabulário

1-Açude; construído em pedra, serve para represar a água do rio ou da ribeira
2-Canal com origem no açude, transporta a agua até á represa.
3-Represa; local junto ao moinho onde é recebida a água do canal.
4-Agueira; canal condutor de água, passa por baixo do moinho e desce da represa até ao rodízio.
5-Cubo; cabouco na parte inferior do moinho onde está o rodízio
6-Seteira; peça existente ao fundo da agueira (tubo por onde sai a água)
7-Zorra; peça móvel de apoio ao rodízio (fica por baixo do rodizio)
8-Pejadouro; Tábua/calha que comanda a direcção da água (faz parar o moinho)
9-Disparado, comando do pejadouro, é comandado dentro do moinho, manual ou por falta de grão na moega.
10-Rodízio; roda com movimento horizontal (ligado á mó por um veio)
11-Pedra; mó em granito (mó inferior fixa, mó superior móvel)
12-Mó; tem aproximadamente 35 anos de duração
13-Cunhas de agulha; tacos reguladores para controlo da finura da farinha
14-Moega, peça em madeira onde é colocado o grão para moer,fica por cima da mó
15-O grão cai do moega para o quelho. No quelho prende-se o cadelo/roda em cortiça ou madeira, que, em contacto com a parte superior da mó faz trepidação, e assim, o grão cai para o olho da pedra, isto de acordo com o registo. O grão é esmagado/moído e transformado em farinha.
16-Maquia é o pagamento do serviço para moer o grão. De um modo geral, por cada 10 litros de grão era maquiado com 1 quilo de farinha.
17-Medidas tradicionais do moinho são; o alqueire, meio alqueire e a quarta, (são peças em madeira e com capacidade para 12 quilos, 6 quilos e 3 quilos respectivamente.
18-O moleiro tem como outros utensílios, a balança decimal, a peneira, o crivo, a massaneta e pico a vassoura e a pá etc.
19-No interior do moinho existia a cama, a lareira, candeias de azeite, talegos, medidas várias, roupa, louças, cântaro etc. etc.



Fotos: Carlos Mendes