segunda-feira, 17 de agosto de 2020

"Consolidação e arranjo do castro de Vilarinho começa em setembro"

 



O castro de Vilarinho dos Galegos, em Mogadouro, datado da Idade do Ferro, vai receber no final de setembro obras de consolidação e arranjo da área envolvente no valor de 340 mil euros, indicou hoje o presidente da câmara.

"Nesta 2.ª fase da intervenção arqueológica, prevista para finais de setembro [ou] inícios de outubro, será feita a consolidação da fortificação, criado um circuito interno de visitação, que será dotado de sinalética interativa e de um miradouro e que tem por objetivo dar a conhecer o modo de vida das populações que ocuparam a fortificação desde há 2.500 anos", concretizou Francisco Guimarães.

Numa primeira fase de intervenção na fortificação - também conhecida por Castelo dos Mouros - foram realizadas escavações arqueológicas e consolidação de um pano de muralhas varadas a sul que suporta esta fortificação castreja, que fica sobranceira ao Douro Intencional e cujos trabalhos tiveram o seu início em 2011.

"Um dos grandes objetivos desta intervenção é tornar este castro da Idade do Ferro visitável para os turistas que se deslocam ao território do Douro Internacional e assim ter mais um atrativo histórico e cultural", vincou o autarca.

Destes 340 mil euros, financiados a 85% Programa Operacional Norte, 50 mil euros estão destinados à componente interativa para a criação e conceção de painéis e aplicações para telemóveis e ‘tablets’, um trabalho que será desenvolvido pelo Instituto Politécnico de Bragança (IPB) e Universidade do Minho (UM).

"Este espaço está na confluência das grandes rotas pedestres do Douro Internacional, como é o caso da GR-36, que está a ser bastante procurada no período pós-confinamento", frisou Francisco Guimarães.

A fortificação tinha como objetivo defender uma comunidade rural que existiu junto a Vilarinho dos Galegos, no distrito de Bragança.

O autarca de Mogadouro destaca que o Castelo dos Mouros de Vilarinhos dos Galegos está classificado como Imóvel de Interesse Municipal, estando em curso a sua classificação como Imóvel de Interesse Público.

"O sistema defensivo é de difícil acesso. É composto por um campo de pedras fincadas, fosso escavado na rocha e um enorme conjunto de muralhas, com seis metros de altura e outros tantos de largura, o que constituía um obstáculo para quem pretendesse atacar o povoado vindo do rio Douro", concluíram os investigadores da UM, após os trabalho da 1.º fase, onde foram investidos 150 mil euros para colocar a descoberto a estrutura defensiva.

Para o arqueólogo Emanuel Campos, nesta 2.ª fase que vai começar "a breve prazo" é importante criar "condições de segurança" para que os visitantes possam usufruir deste espaço encravado nas Arribas do Douro "sem andar por cima das estruturas arqueológicas".

"Todo o espaço será dotado de painéis explicativos para melhor se compreender como era o dia neste espaço fortificado, desde o campo de pedras fincadas passando pelos torreões e outras estruturas deste bastião", enfatizou.

Por seu lado, o presidente da União de Freguesias de Vilarinho dos Galegos e Ventozelo, Manuel Garcia, não tem dúvidas que a recuperação do castro será uma mais-valia para a aldeia já que são muitos os turistas que por ali passam.

"Mesmo sem as condições ideais de circulação, são muitas pessoais que se deslocam a este lugar, principalmente nesta altura em que procuram espaços ao ar livre".

A ocupação da área do castro do Castelo dos Mouros e de toda a área envolvente está cronologicamente situada entre a Idade do Ferro e o século XX.


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domingo, 26 de julho de 2020

"MIRADOURO DO CONTRABANDO"

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Publicado no Grupo https://www.facebook.com/groups/ocadouco, por Elizabete

MIRADOURO DO CONTRABANDO
Vilarinho dos Galegos - Mogadouro

Um miradouro natural no carreiro que, em tempos idos, os guardas usavam para se deslocarem para o seu posto, junto ao rio Douro, e daí (tentarem) controlar o contrabando.
Uma vista incrível num local cheio de histórias castiças e outras nem tanto.




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terça-feira, 7 de julho de 2020

"Lendas de Mogadouro"



Lendas do Concelho de Mogadouro
Vilarinho dos Galegos
No termo de Vilarinho dos Galegos, concelho de Mogadouro, quilómetro e meio daquele povo, fica o Castelo dos Mouros, de que ainda há paredes com dois e três metros de altura, restos de muros e fossos em volta. Está situado num alto apenas acessível pelo lado norte, onde a defesa é constituída por larga facha de lajes de meio metro de altura enterradas no solo com a ponta aguda para cima, só mui dificilmente permitindo trânsito entre elas. Pelos outros lados defendem-no naturalmente os despenhadeiros que se precipitam sobre o Douro.
(...) No Castelo dos Mouros está uma moura encantada, que na manhã de São João espaneja ao sol a capa de D. Feliz, que foi governador do Castelo, recamada de campainhas de oiro e prata.
Fonte: ALVES, Francisco M. – Memórias Arqueológico-Históricas do Distrito de Bragança, Porto, vol. X, 1934, pp. 292-293.
A lenda da fraga do Poio
A certa distância da aldeia de Brunhoso, concelho de Mogadouro, no caminho do Poio, existe uma grande fraga redonda, com uma grande rachadela, e que é chamada a Fraga da Tecedeira, embora também seja conhecida como a Fraga do Poio.
Contam os mais velhos que, em tempos antigos, houve por aquelas bandas uma luta com os mouros, onde foi raptado um príncipe cristão que tinha amores com uma bela princesa moura.
Passado algum tempo, quando os mouros já se tinham ido destas paragens, apareceu ali a jovem, cheia de desgosto, e refugiou-se na dita fraga, na esperança de o príncipe um dia voltar. Esperou semanas, meses e anos. E depois de tanto esperar, resolveu pedir à senhora Miquelina, que ali passava todos os dias, a ver se lhe arranjava um tear para ocupar o tempo.
A senhora Miquelina, como era a tecedeira mais importante da região, arranjou-lhe então um tear. E dizem que ao passar-lho para as mãos, este transformou-se num tear de ouro. O príncipe nunca mais apareceu, mas ela continuou lá a viver e a tecer no seu tear. Diz-se que ainda hoje espera a chegada do príncipe. E a fraga passou a ser conhecida como a Fraga da Tecedeira.
Na aldeia cumpre-se hoje a tradição de as pessoas mais velhas chamarem as mais novas e perguntarem:
– Quereis ouvir uma princesa a tecer?
As crianças encostam a cabeça e a pessoa mais velha dá-lhe com ela na fraga.
Elas ficam então com um zunzum na cabeça, e perguntam-lhes:
– Então, ouvistes?
As crianças dizem que sim. Mas, quer tenham ouvido ou não, aprendem pelo menos que nem em todas as fantasias se pode acreditar. E amanhã, serão elas a transmitir essa mesma lição a outros.
Fonte: Inf.: Maria Zita Baptista, 50 anos; rec.: Brunhoso, Mogadouro, 2001.
A lenda de Vale da Madre
Conta-se que os mouros estavam na serra de Mogadouro e que os cristãos correram atrás deles, indo encontrar-se num vale onde travaram uma grande batalha.
Aí os cristãos, no meio de grande aflição, pediram ajuda a Nossa Senhora, prometendo dar àquele lugar o nome de Vale da Madre de Deus. Como ganharam a batalha, cumpriram a promessa e assim nasceu o nome desta terra.
Fonte: Inf.: Maria Eugénia Mesquita Cabanal, 46 anos; rec.: Mogadouro, 2001.
A Fonte do Ouro
Há em Santo André, na freguesia de Valverde, Mogadouro, uma fonte onde as mulheres costumavam ir lavar a roupa. É conhecida como a Fonte do Ouro e diz o povo que está lá uma moura encantada.
Conta-se também que um dia uma mulher estava a lavar a roupa naquela fonte quando se lhe ardulhou (44) uma corrente de ouro ao botão de uma camisa. Ela começou então a puxar, a puxar, e a dada altura, sentindo-se já cansada, disse:
– Valha-me Deus!
Ao dizer tal, a corrente desapareceu. A mulher ficou muito desiludida e contou no povo o sucedido. Por isso a fonte passou a chamar-se "Fonte do Ouro".
(44) Regionalismo transmontano que é sinónimo de “enrodilhou”.
Fonte: Inf.: Lídia Martins, 71 anos; rec.: Valverde, Mogadouro, 2001.
Lenda do Poço do Dourado
Na povoação de Zava, do concelho de Mogadouro, há um espinhaço montanhoso que é conhecido por "Cimas de Mogadouro". E neste local está uma gruta a que o povo chama "Poço Dourado", a propósito de uma lenda muito antiga.
Conta-se que uma jovem pastora, enquanto o gado bebia, sentou-se na borda do poço a descansar e, de repente, viu reluzir na água um cordão de ouro. A pastora apressou-se a volteá-lo na mão, só que dobou, dobou, e o cordão nunca mais acabava.
E como o peso já era muito, resolve então cortar o cordão com um calhau afiado, dizendo:
– Para um par de meias já chega.
E nesse momento, ouviu uma voz desconhecida que lhe disse:
– Dobraste o meu encanto e fizeste a tua desgraça.
Era uma moura que ali estava encantada. Aturdida, a pastora olhou para um lado e outro e não viu ninguém. E nesse instante, todo o ouro desapareceu.
Fonte: Inf.: António Nascimento Moreiras, 43 anos; rec.: Mogadouro, 1999.
Alexandre Parafita

segunda-feira, 22 de junho de 2020

"Histórias do Contrabando"


HISTÓRIAS DE CONTRABANDO
Um sujeito espanhol, de Aldeadávila de La Ribera, certo dia furtou um santo da igreja local por encomenda de uns portugueses de Vilarinho dos Galegos. O ícone tinha praticamente o tamanho de um homem de estatura mediana. Durante o percurso até ao rio, que fez com a ajuda de um contrabandista experimentado, foram surpreendidos por uma patrulha de carabineiros que lhes fizeram alto. Os homens, para não serem apanhados, abandonaram a estatueta e fugiram, escondendo-se nas redondezas. Os polícias espanhóis, no meio da escuridão, apenas vislumbravam uma figura hirta e silenciosa. Pediam-lhe a identificação, mas o sujeito teimava em não falar. Os carabineros pressentiram na postura desafiante uma ameaça e não estiveram com meias medidas: desataram aos tiros contra o santo. Como viram que não se mexia, aproximaram-se e depararam-se com o estranho cenário. Perceberam logo que tinham feito asneira e antes que alguém os identificasse, e para não serem alvo da chacota popular, puseram-se imediatamente a andar, sem dizerem palavra a ninguém acerca do sucedido. Os contrabandistas voltaram lá, recuperaram o santo e levaram-no ao destino, ou seja, para Vilarinho. Porém, os compradores quando constataram o estrago feito pelas balas já não o quiseram. Conclusão: não restou outra opção ao desafortunado ladrão que não fosse queimar o objecto do crime, para se desfazer das provas. (NETO, Antero, in "Apontamentos para a História de Ventozelo" - fonte: GARCÍA, Juan Daniel Cruz-Sagredo, “Contrabandistas somos y en el descamino nos encontraremos”).


Autor: Antero Neto Lopes

domingo, 2 de fevereiro de 2020

"Torneio de Sueca 2020"

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segunda-feira, 6 de janeiro de 2020

"Mascarão e Mascarinha, 05Jan2020"












Arruada do Mascarão e Mascarinha , recordando tradições ancestrais.

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