domingo, 2 de novembro de 2008

"Coincidências" Via Verde

1- Um emigrante natural de Vilarinho dos Galegos, Concelho de Mogadouro, ficou «confuso, preocupado e revoltado» quando encontrou na sua caixa de correio uma missiva que dava conta de que devia à empresa titular do serviço Via Verde um montante de 69.75 euros referente a quatro passagens «sem pagamento» na faixa destinada aos utilizadores do serviço Via Verde.

A viatura mencionada na notificação tinha a matricula 87-93-QV, a correspondente à de um Opel Campo, que o emigrante utiliza no seu dia-a-dia em França. As alegadas infracções foram efectuadas ente os dias 16 de Janeiro e o dia 2 de Fevereiro de 2008, num altura em que José Lopes, o titular da matrícula, se encontrava em França, onde reside. A viatura também estava em França.

Os registos foram efectuados nas portagens da A-1, junto a Coimbra e Leiria, e ainda na A-14, na portagem de Santa Eulália. \"Quando cheguei a Portugal, vi a carta com quatro infracções referentes à passagem de uma viatura com a matrícula igual à da minha carrinha e fiquei sem sabem o que fazer. Eu nunca por ali circulei. Provo com todos os elementos possíveis que à data dos factos estava em França. A mim só me ocorre que há alguém que utiliza uma matrícula falsa igual\", alega José Lopes.

No entanto, a preocupação do imigrante vai mais longe \"Se alguém tem um acidente e faz vítimas com a viatura que usa a matrícula igual à minha, quem acata com as responsabilidades?

"José Lopes já garantiu que fez todas a diligências junto das autoridades e da titular do serviço Via Verde, tendo sido informado que tudo se ficou a dever a um erro de leitura. No entanto, o imigrante não ficou convencido, já que as passagens são em locais diferentes e em dias e horas também diferentes.

Francisco Pinto in JN, 2008-04-22



2- Proprietário de tractor multado pela Brisa por passar na Via Verde sem identificador
Francisco Lopes, o proprietário do veiculo agricola garante que nunca saiu com o seu tractor do Concelho de Mogadouro, quanto mais andar na A5 - auto-estrada Lisboa-Cascais

Francisco Lopes recebeu duas notificações da Brisa por uma transgressão que não poderia ter feito e tem tentado provar que nunca andou com máquina agrícola na auto-estrada e a viagem mais longa que fez foi ao Porto.

Residente em Vilarinho dos Galegos ( Mogadouro) Francisco Lopes ficou incrédulo quando recebeu em casa uma notificação da Brisa - Auto-Estradas de Portugal para pagar uma coima que ronda os 50 euros. Razão um carro passou em transgressão, duas vezes, na Via Verde, em Lisboa, com a matrícula igual à do seu... tractor.

De acordo com o documento, estão contempladas duas passagens pela Via Verde sem o equipamento electrónico na A5 (auto-estrada de Cascais), nas portagens de Oeiras e de Carcavelos.

O registo das transgressões aconteceram em Maio e Julho de 2004. O agricultor afirma que jamais viajou de tractor, "muito menos numa auto-estrada, que é proibido, e ainda por cima tão longe de casa".

Francisco Lopes diz que a situação tem-lhe causado transtornos, já que tem gasto dinheiro para justificar que a matrícula registada pela Brisa só poderá ser falsa, uma vez que corresponde a um tractor agrícola que lhe pertence e que jamais poderia ter saído de Mogadouro.

Depois de ter argumentado contra as notificações, o agricultor afirma que só espera que a multa seja retirada e que "tudo não passe de um equívoco da Brisa, para não haver mais prejuízos e incómodos". Aliás, replica Francisco Lopes, a viagem mais longa que fez, e não foi a bordo de um tractor, foi à cidade do Porto.

Na aldeia nordestina, como seria de esperar, a situação é tema de conversa em todos os bares e cafés e, claro, alvo já de grandes "estórias" especulativas.

Francisco Pinto 25-11-2004

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