quarta-feira, 1 de julho de 2009

3 Mil Agricultores Manifestam-se em Mirandela 02 Julho 09





" Juntos pela agricultura "




Porque estão os agricultores em luta contra o ministro e contra o Governo?
A CAP iniciou a sua campanha de protesto contra este ministro da Agricultura há cerca de quatro anos, logo que se apercebeu da desastrosa política agrícola do governo.
A razão que nos subsistia na altura não foi suficiente para que o primeiro-ministro se convencesse da necessidade e da urgência de substituir o ministro. Ao longo de todo o seu mandato, o primeiro-ministro preferiu compactuar com as falsidades e as más decisões do ministro da Agricultura a dialogar com os agricultores.
Perante esta situação, a CAP manteve as suas críticas ao longo dos quatro últimos anos, produzindo e compilando inúmeros documentos que sucessivamente desmentiam o ministro na generalidade das suas declarações, e avançando, em simultâneo, soluções e propostas alternativas. Toda esta documentação foi progressivamente tornada pública pela CAP, assumindo assim uma crítica contínua ao ministro e à política agrícola do governo.
Um dos mais recentes documentos produzidos pela CAP expõe um balanço verdadeiramente dramático da situação na Agricultura portuguesa, em consequência da política agrícola deste governo, comprovando as falsidades e os erros constantemente protagonizados pelo ministro.
Sabendo que o sector agrícola não poderá suportar mais quatro anos desta política, poderia ou deveria a CAP interromper, num momento particularmente decisivo para o futuro da Agricultura nacional, as críticas que mantém há quatro anos?
Os agricultores pensam que não e os seus representantes estão na CAP para defender a Agricultura e os agricultores. Se as críticas que iniciámos há quase quatro anos contra o ministro e contra a sua política agrícola se chamam agora campanha eleitoral, apenas porque estamos em período de eleições, pois façamos então campanha eleitoral.
A CAP nada tem contra o partido do governo, tendo no passado experiências de colaboração com outros governantes do mesmo partido, e não recomenda o voto em qualquer partido em particular. No entanto, recomenda o voto em todos os partidos que propuserem alterar a actual política agrícola do País e, naturalmente, afastar definitivamente da governação este ministro.
O próprio partido do governo poderá assumir publicamente que exclui qualquer hipótese de continuidade deste ministro e desta política agrícola, se pretender ainda apelar ao voto dos agricultores. Caso contrário, contará com a sua oposição e os seus protestos.
Neste contexto e no sentido de esclarecer os portugueses, a CAP convida os partidos políticos e a comunicação social a comprovarem, através dos dados e da documentação que possui, que o ministro falta sucessivamente à verdade e que o balanço da sua política é verdadeiramente desastroso.
Apenas a título de exemplo, o ministro continua a afirmar que não ficou nada por aplicar relativamente ao PRODER nos anos de 2007 e 2008, numa altura em que 33% das medidas ainda nem sequer estão legisladas, ou que pode gastar a totalidade das verbas do quadro comunitário num só ano, quando existem determinações comunitárias que o impedem.
O ministro teve um mandato de quatro anos, uma maioria absoluta a apoiá-lo e fundos comunitários para aplicar, mas deixa a Agricultura nacional na pior situação desde a entrada na União Europeia. Trata-se de um panorama dramático para toda a população e não apenas para os agricultores, tendo em conta a situação económica do País, o desemprego e a crescente desertificação do interior.
Este é um ano decisivo em termos políticos e o voto do conjunto dos agricultores portugueses não é desprezível. Se quisermos analisar os resultados das eleições mais recentes, facilmente poderemos concluir que a política deste ministro da Agricultura terá custado ao partido do governo entre 250 e 450 mil votos.
Considerando todo o mundo rural, poderemos estar a falar de 2 milhões de pessoas directa ou indirectamente dependentes do sector agrícola no nosso País, pelo que as forças políticas concorrentes às próximas eleições legislativas deverão esclarecer os agricultores sobre o que pretendem fazer relativamente a este sector.
A comunicação social e os próprios partidos políticos têm um papel fundamental nesse aspecto, pelo que a CAP está ao seu dispor em tudo o que possa contribuir para esse esclarecimento, comprovando assim que o que o ministro afirma não corresponde à verdade.
Pelos motivos expostos neste manifesto, os agricultores estão de facto em luta e em campanha contra o ministro da Agricultura, contra qualquer primeiro-ministro que o suporte e contra a política agrícola do governo, promovendo já esta semana uma nova manifestação pública de protesto.

1 comentário:

Luís Cepeda disse...

Senhor "Vilarinho":
Em primeiro lugar quero agradecer-lhe ter um blog com este nome porque foi em Vilarinho dos Galegos que eu vivi os primeiros doze anos da minha vida.
Li com interesse todos os "posts" editados no Blog e a mior parte deles fazem lembrar-me a minha infância, nomeadamente, a escola, o cadoiço e as casas e ruas de Vilarinho.
Descobri este blog porque andava à procura de uma hipotética festa que se realizaria a 30 de Maio p.p.em Vilarinho, com todos os que aí nasceram, viveram e agora estão na diáspora.
Sei por este blog que nesses dias aconteceu a Festa das Moças, não sei se a outra confraternização se realizou.
Sr. "vilarinho" fica a promessa de eu vir aqui, várias vezes, saber de novas de Vilarinho.
Relativamente a este "post" sempre gostaria de dizer que, antes de tudo, é necessário ter a mente aberta.
Provavelmente o Ministro Jaime Silva não fez tudo o que estava ao seu alcance em benefício da Agricultura Portuguesa. Mas em fim de mandato deste governo não acha que as manifestações feitas e a fazer terão outros fins que não a Agricultura?
Mais uma vez Bem Haja pelo seu Blog.